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A Petrobras questiona distribuidoras sobre o preço do gás de botijão

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Fonte: Folha de São Paulo

A Petrobras questionou nesta quinta-feira (23) dados do Sindigás (sindicato que representa as distribuidoras de gás de botijão) sobre os preços do gás de cozinha é vendido no país, negando que venda o produto para uso residencial, para valores acima das cotações internacionais.

A polêmica evidência de diferenças sobre a melhor referência de preços do GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha) para o mercado brasileiro. Enquanto que a Petrobras prefere o produto para o mercado europeu, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e distribuidoras utilizam o norte-americano.

Na quarta (22), o Sindigás havia afirmado que a empresa tem vindo a vender o gás destinado aos botijões de 13 quilos a valores superiores aos internacionais, a partir de novembro, quando foi feito o ajuste de 8,5% no preço do produto.

Em nota enviada à Folha desta quinta-feira, a Petrobras afirma que “o preço atualmente praticado na venda de GLP [gás de petróleo liquefeito, gás de cozinha] para uso residencial não está acima do seu preço de paridade de importação”.

Segundo a empresa, sua política de preços considerada a média das cotações no mercado europeu, mais uma margem de 5%. Além disso, diz a nota, o conceito de paridade de importação inclui o frete e os custos de internação do produto.

“O frete marítimo, no caso do GPL, corresponde a uma parte relevante do PPI [preço de paridade de importação”, diz o texto enviado à Folha.

O Sindigás diz que usa os dados da ANP. De fato, na segunda semana de maio, a agência considerou que a paridade de importação em R$ 20,75 em Suape, a principal porta de entrada do combustível.

Entre fevereiro e o início de maio, a Petrobras vendeu o gás em botijões de 13 quilos$ 25,33 por quilo. A partir do dia 5 de maio, o preço foi reajustado para R$ 26,20.

ANP e Sindigás utilizam em seus cálculos das contribuições de Mont Belvieu, usam referências no mercado norte-americano e os países importadores nas Américas. Mont Belvieu é uma cidade no Texas, que conta com uma enorme capacidade de armazenamento de líquidos de gás.

A Petrobras, por sua vez, usa a referência conhecida como ARA (Amsterdam, Rotterdam e Antuérpia), em sua política de preços para o GLP, implementada junto de 2017. As importações, no entanto, geralmente são feitos a preço norte-americano, que, geralmente, é mais barato.

Considerando os preços de Mont Belvieu, o Sindigás diz que o preço médio do gás vendido para botijões de 13 quilos foi de R$ 2,01 por kilo em abril, enquanto que a paridade de importação era equivalente a R$ 1,89 por quilo. No caso do gás para outros vasilhames, o preço local era ainda superior, de r$ 2,28 por quilo no mês de abril.

Os reajustes no preço do GLP (gás liquefeito de petróleo, como é chamado o gás de cozinha) são trimestrais e consideram diferentes preços para diferentes tipos de uso. Mais consumido nos lares, o GLP vendido para botijões de 13 quilos é mais barato.

A diferença foi estabelecida em 2002, depois de um período de alta que levou a que o então candidato à presidência José Serra (PSDB) a criticar publicamente a Petrobras pelos efeitos negativos em sua campanha.

Reafirma, em 2005, pela resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), quando o ex-presidente do brasil, Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia.

A ANP tem interesse em abolir a diferença, alegando que a prática de dois preços, afasta os investimentos no setor. O risco de aumento no preço do gás residencial, no entanto, gera resistências no governo. Este ano, o Ministério da Economia levou à ideia de duas vezes ao CNPE, também sem sucesso.

Fonte: www.sindigas.org.br/novosite/?p=14630

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