Perfil da população de idade deve ser considerado no cuidado de doenças crônicas | Panorama Farmacêutico – Imã de geladeira e Gráfica Mavicle-Promo

O crescimento da população idosa é uma realidade no Brasil e no mundo. Investigação das Nações Unidas apontam que há uma pessoa com mais de 60 anos por cada 9 habitantes mundialmentei. O avanço da medicina e a crescente preocupação da população com um envelhecimento saudável e qualidade de vida contribuem para o aumento da expectativa de vida, que no Brasil é de 75 anos.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de idosos até 2025ii. No entanto, o processo de envelhecimento não deve ser visto como décadas atrás. As novas estruturas familiares afetam também os mais velhos, que estão permanecendo por mais tempo no mercado de trabalho e, muitas vezes, são responsáveis pela educação e cuidado dos netos. Eles são os boomers, pessoas com mais de 60 anos, que estão envelhecendo de forma ativa. Na área da saúde, esta geração, e a escolha de alternativas mais saudáveis, o exercício físico e uma alimentação equilibrada. É o que aponta a pesquisa “Silver Requerentes: The New Age of Boomer Wellness”iii, a autoridade mundial em previsão de tendências WGSN. Por isso, é importante ter em conta este novo estilo de vida ao lidar com o diagnóstico e tratamento de doenças crônicas e graves, como a fibrose pulmonar idiopática (SE).

A ERA é uma doença rara que provoca o endurecimento progressivo dos pulmões, cada vez mais rígido e menos elástica, o que é causado pela formação de cicatrizes (fibrose). No decorrer deste processo, os pacientes perdem a função pulmonar mais rapidamente do que as pessoas que não têm a condição. Eles se sentem cansados para realizar as atividades básicas da vida diária, como caminhar, praticar exercícios leves e subir escadas. Os principais sintomas são tosse constante e a falta de ariv. O Dr. José Roberto Megda Filho, pneumologista do Hospital Universitário de Caracas, indica que “a percepção errada de que o envelhecimento é, necessariamente, acompanhada de tosse seca, fadiga e um estilo de vida limitado, o que dificulta o diagnóstico de doenças pulmonares crônicas, como FOI. Isso se deve ao fato de que os sintomas dela são semelhantes aos sinais de outras doenças pulmonares e cardíacas, e na maioria dos casos, o diagnóstico É feito em estágios já avançados da doença”.

Na ERA, que atinge cerca de 14 a 43 pessoas a cada 100.000 em mundov, o diagnóstico precoce é fundamental. Como a doença é pouco conhecida pela população e pelos médicos, a metade dos pacientes costuma ser diagnosticada de forma equivocadavi. Os impactos deste indicador na vida dos pacientes são irreversíveis, já que, sem o tratamento adequado, a evolução do paciente não pode ser modificada. Segundo a OMS, o envelhecimento ativo é um processo que envolve várias esferas da vida do paciente. A ideia é otimizar a saúde, a segurança e a participação social dos idosos para que eles envelheçam com mais independência e autonomiavii. Assim, pacientes com FOI que não procuram ajuda médica e não são tratados podem ter um maior prejuízo nesse ideal de estilo de vida ativo.

De acordo com o IBGE, a população idosa brasileira vai triplicar até 2050viii. Por isso, o Dr. Megda alerta sobre a importância de um envelhecimento com qualidade. Apesar de ter um prognóstico difícil, com o diagnóstico e o paciente deve ser orientado a realizar as atividades físicas e de reabilitação pulmonar, além de uma vida ativa. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado e contínuo são os elementos fundamentais para o paciente manter a sua rotina, o trabalho e a família. Aprovado no início de 2016, o nintedanibe é o primeiro medicamento para o tratamento da ERA disponível no Brasil. Ele representa uma esperança para os pacientes, já que pode reduzir a progressão FOI de até 50%”, finaliza.

O especialista também reforça a autonomia e a participação em círculos sociais e econômicos são fatores relevantes para o envelhecimento. Em consequência, os esforços de todos os profissionais de saúde devem ser destinados a educar as pessoas sobre as doenças crônicas e progressivas, como FOI.

Fonte: Blog do Patricio Nunes

Fonte: panoramafarmaceutico.com.br/2018/08/15/novo-perfil-da-populacao-idosa-deve-ser-considerado-no-cuidado-de-doenca-cronicas

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