O cenário global de câncer nas mulheres é preocupante – Guia da Farmácia – Imã de geladeira e Gráfica Mavicle-Promo

Evento realizado pela AstraZeneca indica que uma em cada seis terá algum tipo de tumor ao longo da vida

Nos últimos dez anos, os avanços no diagnóstico e tratamento de câncer em mulheres vêm acabando com o estigma de “sentença de morte”. No entanto, o cenário global ainda é preocupante: um em cada seis mulheres tem algum tipo de tumor ao longo da vida, segundo dados do relatório da Agência Nacional de Pesquisa Contra o Câncer, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estes números, que foram apresentados em um evento realizado pela AstraZeneca, no passado dia 30 de outubro, em São Paulo, tem o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos do câncer em mulheres. Só neste ano, são esperados mais de 59 mil casos esperados de câncer de mama em Portugal. Já o câncer de ovário, mais raro, é um dos mais agressivos, por ser de difícil diagnóstico.

Ambos os tipos de câncer em mulheres podem ser causados por diversos fatores, como o estilo de vida, idade avançada, ou por uma predisposição genética. Embora a predisposição hereditária responda por entre 5% e 15% dos casos, quem tem a mutação nos genes BRCA têm 40% a mais de chances de ter câncer da mulher, como o de mama ou de ovário.

“Os genes BRCA 1 e 2, impedem a proliferação de células tumorais e atuam como freios para impedir o desenvolvimento do câncer. Quando um destes genes sofre uma mutação, perde a sua capacidade de proteção, deixando o organismo mais suscetível ao aparecimento de tumores malignos, especialmente de mama e de ovário”, explica o oncologista especialista em oncogenética e Coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Português de Salvador, Dr. Rodrigo Guindalini.

Avanço no tratamento

Os avanços de testes genéticos permitem, hoje em dia, os médicos e os pacientes definem em conjunto qual será a melhor estratégia de prevenção e tratamento do câncer em mulheres. É importante saber que a mutação em genes não apresenta um diagnóstico da doença, mas uma indicação de risco depois de uma análise hereditária. “O aconselhamento genético passa por fases. Normalmente, se realiza a primeira prova em mulheres de uma mesma família que já têm ou tiveram câncer”, diz o Dr. Guindalini. O teste de mutação é fácil de ser realizado, sendo recolhido por um exame de sangue ou saliva. O laboratório realiza o resultado ao profissional, que terá a segunda consulta com o paciente.

Durante o processo de detecção de um câncer em mulheres ou a predisposição genética a desenvolver a doença, treinar o paciente com informações sobre sua condição é essencial, diz o oncologista e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), a Dra Angélica Nogueira Rodrigues. “A identificação precoce do estado de mutação de BRCA nos ajuda a identificar os pacientes que podem se beneficiar das estratégias de redução de riscos, como recorrer a uma cirurgia profilática, por exemplo”, finaliza.

Fonte: Guia da Farmácia

Foto: Fabiano Feijó/divulgação

 

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Fonte: guiadafarmacia.com.br/set-global-de-cancer-feminino-e-preocupante

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