Farmácias de Atenção ao Componente Especializado de Mato Grosso, Farmácias de Alto Custo, atendeu a 7,3 mil pessoas por mês, nos últimos três meses. Na ação, o Estado conta com um total de 1.097.212 medicamentos a serem colocados à disposição dos pacientes.
No total, 22 mil pacientes estão cadastrados na Farmácia de Alto Custo. A diferença numérica para o número de pessoas atendidas, de acordo com o secretário de Saúde, Luiz Soares, é que apesar de estar inscritos no registo, os pacientes que tiveram medicamentos prescritos por seus médicos nos últimos meses.
“Os números podem mudar mensalmente, já que os tratamentos variam, e os médicos deixam de prescrição de medicamentos aos seus pacientes. Então, apesar de conformidade com 22 mil inscritos no serviço mensal e regular tem sido feito para estes cerca de sete mil pacientes”, disse Soares.
Os medicamentos disponíveis são usados para tratar mais de 70 doenças de acordo com os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, publicados pelo Ministério da Saúde, como o mal de alzheimer, doença de parkinson, artrite reumatóide, esquizofrenia, doença de Crohn, hepatites virais, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, distúrbios de crescimento, além de pacientes em diálise e/ou transplante, entre outros tratamentos.
As demandas atendidas na Farmácia de Alto Custo, 5,3 mil pacientes receberam medicamentos prescritos por médicos.
No total, é de responsabilidade do Ministério da Saúde, a disponibilidade de 161 medicamentos. Destes, 22 não foram enviados pelo Governo Federal nos últimos meses e estão em falta na Farmácia de Alto Custo de Mato Grosso, como somatropina, que é um hormônio do crescimento, importante para o desenvolvimento de ossos e músculos, que é usado para o tratamento de falhas no crescimento, tanto em adultos como em crianças. O medicamento foi receitado para 250 pacientes no Estado.
Já de responsabilidade do Governo de Mato Grosso está à disposição de 137 tipos de medicamentos, como a insulina glargina, cujo estoque atinge 60.699 unidades e é prescrita a 1.148 pacientes.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, estão em falta 32 medicamentos da lista da responsabilidade do Estado. Remédios como o topiramato e gabapentina, ambos os anticonvulsivantes, devem ser postos a 17 e 13 pacientes, respectivamente, e estão em processo de aquisição por meio de licitação.
“De 2017 para cá já realizamos 15 sessões de negociação para a compra de medicamentos. Em alguns esbarramos em dificuldades, como a falta de interessados em participar do concurso ou em sessões fracassados, quando as empresas interessadas querem cobrar preços muito acima do que está previsto na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas novos sessões estão sendo realizados para que possamos ter a maior parte dos remédios necessários para a ação”, explicou Luiz Soares.
O secretário também apontou a judicialização das receitas médicas, como um dos fatores que contribuem para a dificuldade na disponibilidade de medicamentos. “Criaram a farmácia da corte, mas estamos tentando resolver esta questão para que a regulação seja feita de forma correta”.
Uma das formas de regularização de Farmácias de Alto Custo foi a normalização do sistema de abastecimento de medicamentos. O procedimento proporcionou a retomada da produção de autorizações e permitiu assegurar o acesso aos pacientes que necessitam de medicamentos.
O novo sistema, chamado Horus, reduziu em mais de R$ 2,9 milhões a despesa do Estado nesta área. Normalizado a nível nacional, o Horus é o controle da dispensação de medicamentos e proporciona uma maior fiabilidade, uma vez que cruza os dados relativos aos pacientes que procuram o componente especializado.
Fonte: Folha De Max