Com a cobertura da vacinação continua em baixa, Saúde lança ação com Zé Gotinha sério | Panorama Farmacêutico – Imã de geladeira e Gráfica Mavicle-Promo

Apesar do maior debate em torno da importância da vacinação, os dados do Ministério da Saúde mostram que a cobertura ainda está abaixo da meta deste ano para as principais vacinas indicadas para bebês e crianças.

 

Levantamento preliminar realizado pelo Programa Nacional de Imunização, que é obtido pela Folha aponta que o país registrou até agosto, coberturas entre 57% e 76% em crianças menores de dois anos.

 

O ideal, porém, é que essas coberturas cheguem até o final do ano e 90%, no caso da vacina BCG, e 95% para as demais. Entre as vacinas com menor cobertura até o momento são a hepatite A, com 57,1%, e o moderno, com um 59,6%, que protege contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa, entre outras doenças.

 

Os dados devem ser publicados na pasta desta quinta-feira (11), com uma nova campanha para informar sobre os riscos da não vacinação.

 

A coordenadora do programa, Carla Domingues, afirmou que os índices ainda podem crescer, já que costuma haver um atraso de até três meses no envio dos dados por parte dos municípios. Ainda assim, ela diz que o panorama gera alerta devido à queda nas coberturas vacinais nos últimos anos.

 

Ela se defende de um esforço conjunto. “São dois anos consecutivos de baixa cobertura. Não podemos entrar no terceiro”, diz. “Apesar de ter atingido a meta de cobertura da campanha da pólio e o sarampo, estamos falando de 11 vacinas ainda sem cobertura adequada.”

 

Para Renato Kfouri, do departamento da campanha de vacinação da Sociedade Brasileira de Pediatria, é preciso analisar os dados com cautela, já que o atraso no envio de dados pode reduzir os índices. “Mas sabemos que a cobertura não é boa, mas não teríamos este surto de sarampo no Norte do país”, diz. Perante o problema, o ministério lança nesta quinta-feira uma campanha de alerta em suas redes sociais e da televisão sobre os impactos das baixas coberturas vacinais.

A ideia é mostrar casos reais de pessoas que sofreram com doenças e sequelas por não ter sido vacinados no passado, com o lema “Contra o arrependimento não existe uma vacina”.

A Figura central das campanhas de vacinação, o personagem Zé Gotinha, criado na década de 1980, deve-se alterar o tom. Famoso pelo sorriso que coloca sua cabeça em forma de gota [em alusão à vacina oral contra a pólio], o personagem deve aparecer agora em tom sério e preocupado.

“Vamos falar da gravidade das doenças, mostrando as consequências da paralisia infantil e uma família que perdeu a cinco pessoas por sarampo. As pessoas não sabem o que é isso”, diz Gutiérrez, em referência a doenças como a poliomielite, cujo vírus não circula no país desde 1990, e o sarampo, que voltou a registrar surtos deste ano, com 2.044 casos confirmados e 7.966 suspeitos.

De acordo com a coordenadora, campanhas como essas são mais comuns nas décadas de 1980 e 1990. “No momento em que deixou de ter as doenças, procurou-se uma linguagem mais lúdica. Agora, o que reduz a cobertura de vacinação, voltamos com outro cenário.”

A campanha faz parte de um conjunto de estratégias adotadas pelo governo para tentar aumentar a adesão à vacinação no país.

Em junho, a Folha revelou que o país tem alcançado em 2017 o menor índice registrado de vacinação de crianças no país em mais de 16 anos.

Fonte: Folha de S. Paulo

Fonte: panoramafarmaceutico.com.br/2018/10/11/com-cobertura-vacinal-ainda-em-baixa-saude-lanca-acao-com-ze-gotinha-serio

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