Associação internacional permite avanços na investigação de doenças debilitantes | Panorama Farmacêutico – Imã de geladeira e Gráfica Mavicle-Promo

A investigação desenvolvida pelo consórcio internacional ENIGMA analisou o cérebro de mais de 3,8 mil voluntários de diferentes países, com o fim de descobrir as diferenças e semelhanças entre a anatomia do cérebro e dos diferentes tipos de epilepsia. O objetivo é buscar indicadores que ajudam no prognóstico e no tratamento.

Outro grupo de pesquisadores busca, a partir da análise dos níveis de dois micro-Rna de pacientes, marcadores genéticos que possam servir como indicadores de esclerose lateral amiotrófica (ela) – doença que causou a morte do físico britânico Stephen Hawking.

Um terceiro estudo, também sobre a epilepsia, sugere que a liberalização no gene NEUROG2 estaria relacionada com a incidência de displasia cortical focal – malformação cerebral, que é uma das causas mais comuns de epilepsia refratária aos medicamentos. Com a identificação deste biomarcador pode indicar diferentes tratamentos aos pacientes com epilepsia resistente aos medicamentos, como a cirurgia, por exemplo.

Os três estudos contam com a participação de pesquisadores do Instituto de Pesquisa sobre a Neurociência e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp, com sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Nosso objetivo é desenvolver novos métodos e técnicas para melhorar o conhecimento sobre o tratamento e a prevenção de doenças debilitantes e condições que afetam o cérebro, como a epilepsia e o acidente vascular cerebral (AVC). Também temos interesse no estudo das doenças que causam demência ou problemas motores, como é o caso da esclerose lateral amiotrófica (ela)”, disse Iscia Cendes, pesquisadora principal do BRAINN, em uma conversa na Fapesp Week New York.

O encontro, que se realiza na City University of New York (CUNY), de 26 a 28 de novembro de 2018, reúne pesquisadores brasileiros e norte-americanos com o objetivo de estreitar parcerias na investigação.

“O ser humano, assim como as doenças que estamos estudando, é muito complexo. Por isso, acreditamos que fazer parte dos consórcios e das associações, seja a melhor maneira de aproveitar os novos descobrimentos”, disse Cendes.

A pesquisadora afirma que desde o início da criação do BRAINN, em 2013, o número de projetos de big data em neurociência tem aumentado. São exemplos desses projetos, a iniciativa BRAIN, nos Estados Unidos, o Human Brain Mapping na Europa, a doença de Alzheimer Disease Neuroimaging Initiative (ADNI), da International League Against Epilepsy (ILAE) e o consórcio ENIGMA.

“Os esforços de big data tornou-se o modus operandi da neurociência, em substituição a ciência baseada em hipóteses e de menor escala”, disse.

Não por acaso, Cendes afirma que os próximos projetos do BRAINN incluem avançar nos estudos longitudinais. “Este é um de nossos pontos fortes como grupo”, disse.

BIPMED

Outro propósito do BRAINN é reduzir a lacuna entre a pesquisa biológica básica e sua aplicação clínica. Um dos vetores de este propósito é o European Initiative on Precision Medicine (BIPMed), iniciativa criada no ano de 2015, cinco Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela Fapesp.

“O primeiro produto do BIPMed foi a criação de uma base de dados do genoma de pessoas saudáveis e com doenças específicas. Atualmente, são mais de 900 mil variações genéticas depositadas no banco de dados”, disse.

No banco de dados estão depositados em genomas relacionados com encefalopatias epiléticas, anomalias craniofaciais, o câncer de mama, surdez hereditária, a neurofibromatose e em 2019 vai ganhar sequências relacionadas com o lúpus.

Fonte: Plantão News

Fonte: panoramafarmaceutico.com.br/2018/11/30/parceria-internacional-permite-avancos-na-pesquisa-de-doencas-debilitantes

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